Sem mente(iras)

Sem mente planta-se o que não tem.
(Ou talvez um que arde-ter!)


Por egoísmo planto
linda-dama-senhorita-flor
em jardim só meu.
Anuncio a todos,
em especial aos vizinhos,
para que venham e vejam...
Quero que batam em meu ombro
e, com línguas de inveja, digam:
Lindeza de frô essa
que só você tem.
Então confronto com um: “É sim!”
para depois rir-me por dentro:
“Tolo, não posso profanar tal boniteza
ao dizer-me seu dono.
Pois não o sou.
Ela é sua própria ama
e a candura é totalmente posse sua.
Portanto eu e você
somos, no máximo, espectadores.”


E a inveja corroendo-os ainda mais
faz com que me cumprimentem
com lábios mordidos:
“Escolheu ótima muda!”
Falo logo em seguida:
Das flores gosto de uma
dona-senhorita-rara!

Mas se eu fosse menos arrogante diria:
“Plantei ‘Sorriso de Fulô
por motivo de suas faculdades curativas.
Esperava, eu, que com ela
nos tornássemos mais humildes.”


Tempinho depois despedem-se.
Com as costas a mim dadas
fico calado até que sem sentir
minha boca diz
:
“Leva uma doce mudinha
de ‘Sorriso de Fulô’ contigo,
pois ela é plantinha que,
em seu efeito medicinal,
cura-me de sortidos males
e fará bem a ti também.”

Chaminha, menina de meus olhos

Chaminha

Chaminha.
Nos momentos mais nebulosos ela surge para guiar seu padrinho. Sabe muito bem o caminho certo, porém, ainda menininha, precisa ser bem protegida. Adora doces e balas. Parece ser um pouco medrosa, no entanto é muito forte e coragosa. Nesse seu jeitinho meigo de agir faz com que seu padrinho a cada segundo se torne mais herói.

Três...

Três por Quatro
Três por quatro
Ateliê II de Artes Gráficas -Exercício 01
Auto-retrato feito com tipografias digitais.

Maratona

Maratona 01
Maratona 02

A angústia desaparece-lhe.
Ele conecta, navega, loga, 
cutuca o teclado e faz 
um diário virtual.
Nem precisa ter o trabalho de tirar a tampa!